Oakenfold | Review

Saudações de chegada! Velocidade, roguelike e estratégia fluída se unem na última jornada para salvar os humanos que restam da Terra. Oakenfold é a terra prometida.

Com elementos gerados de maneira procedural e variações de conjunto de habilidades, cada uma destas jornadas é única.

Antes de tudo, agradecer à Rutger van Dijk/Studio Taghua por nos conceder a chave de review, muito obrigado!

(A luta pela gasolina)

História

Dilithium, recurso extraído do núcleo da Terra, é a causa do apocalipse que assolou a humanidade, liberando os chamados Biocides ao ermo para finalizar o que restara dos humanos.

Asha é a nossa personagem principal da trama. Tendo crescido ao lado de seu pai e mentor que ensinara todas as habilidades necessárias de sobrevivência, desde aspectos tecnológicos a métodos de caça, é a última sobrevivente após um ataque do Biocides à equipe de coleta.

Agora resta à jovem concluir a missão passada por seu pai de encontrar caixas de combustível a fim de lançar Oakenfold, um biodomo que carrega o último povoado humano habitável, rumo às estrelas, para uma chance de começar de novo em lugar diverso.

Importante frisar que tal história serve para delimitar o contexto das habilidades de Asha, seu passado e sua missão, logo não há um desenvolvimento ou progressão nesta faceta, apenas a constatação.

(Todo jogo tem a Aislinn que merece)

Gameplay

O atrativo principal do título se encontra na fusão de conceitos de roguelike, o aspecto tático e o TimeScrubber, dispositivo capaz de reverter ou avançar o tempo após as ações de dito turno foram realizadas.

Indo em partes, a gameplay é composta por uma série de mapas dentro de um caminho gerado de maneira procedural, o que significa que uma jogatina não será igual à próxima. Antes de entrar em cada um dos ditos mapas, o jogador pode visualizar o seu tipo (dividido entre Sandwurm/Lost/Location/Unlimited Crafting/Friendly Robo/Boss), os inimigos contidos, assim com suas submissões.

Sua missão é percorrer cada um destes trajetos mantendo pelo menos uma caixa de combustível, caso o contador chegue a zero é fim de jogo. Para auxiliar neste ponto, as ações dos biocides são anunciadas: onde irão atacar ou nascer é marcado no mapa, possibilitando o jogador atacar ou se movimentar de acordo a proteger recursos ou operar mesas de criação.

Por falar delas, monstros por vezes podem deixar células de energia para trás, caso outra unidade inimiga pegue virará uma unidade mais forte, porém, se tratando de Asha, pode guardar essas células para utilizar em mesas de criação, onde pode modificar suas habilidades para melhor se adaptar ao mapa e seus componentes.

O TimeScrubber é peça chave entre o sucesso e a derrota, pois tendo o jogador acesso a 12 unidades de ação por turno que devem ser divididas entre movimentação e ataque, as ações podem ser resetadas ou refeitas com o botão de scroll do mouse, é satisfatório, inclusive, o fazer, quase como um dj na pista de estratégia.

Por fim, a gama de habilidades de Asha e o nível de dificuldade são definidos antes de cada run. Para o primeiro temos as opções disponíveis Survival (corpo-a-corpo), Agile (preza pela mobilidade) e Scientific (utiliza do gerenciamento de gadgets durante as lutas). Para o último o trio Normal/Difficult/Insane.

(A possibilidade e capacidade de modificar suas habilidades garante certo frescor a cada run)

Música e aspectos visuais

A variedade de biocides é o que faz brilhar o aspecto visual, pois apesar dos mapas serem simples no quesito de ambientalização, não que pudéssemos ir muito além considerando o estado do mundo em declínio, os diversos tipos de monstros e chefões causam o impacto perceptivo. As habilidades de Asha entram ao fim com a observação de que por mais aparentam ser simples, cumprem o seu papel de diferenciação entre os mindsets dispostos ao jogador.

Já sobre a música, considerando a linearidade e o foco da jornada em que o que muda é o enigma a ser resolvido em cada mapa, pode não colaborar com o sentimento de rejogabilidade que é o forte do jogo considerando as opções de customização de habilidades e rotas diferentes a cada run. Por outro lado, os efeitos cumprem o seu papel de materializar visualmente as ações com seu efeito orgânico.

(Olha só para a cara de bonitinhos deles)

Considerações finais

Contando com o seu desafio semanal, um mapa-puzzle aberto a todos os jogadores, e suas tabelas de pontuação incentivando a disputa por runs mais bem estruturadas, Oakenfold é um título para pessoas que gostam de se desafiar e gostam de ter meios diferentes de o fazer.

Com os seus mindsets, rotas e submissões únicas a cada jogada, assim como os upgrades de habilidades, o jogo definitivamente apresenta o que é necessário para um tempo de diversão no gênero estratégico, quase como jogar damas com poderes especiais e voltar no tempo à lá Tactics Ogre.

Se Asha, e você, conseguirá o combustível necessário para lançar o último raio de esperança da humanidade ao espaço, só o futuro dirá, mas até lá, さらばだ!


Esse texto é uma contribuição do player Arius Serph @ Behemoth.

Moogles unidos para ajudar outros moogles, kupo! (perfil para publicação de colaboradores)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *