Basements’n’Basilisks: Storms of Sorcery | Review

Saudações de chegada! Hoje começamos com uma simples e direta indagação: consegue se imaginar jogando aqueles rpgs de mesa, mas sozinho? A key de BnB (ou D&D, quer dizer, B&B) que recebemos do estúdio eNVy softworks veio para mostrar que sim, é possível!

Embarque na aventura narrativa de quatro aventureiros (e um BM, Basements’ Master) com dados, bom humor e um retrato assustadoramente realista por vezes do que é jogar um TTRPG (TableTop RPG) com colegas e amigos.

Ah, um link especial para poder adquirir o jogo cedido pelo estúdio. Muito obrigado pela chave!

(Com este jogo você nem precisa ter dado em casa.)

História, gameplay e dinâmica dos personagens

Diferentemente de outras primeiras impressões que passaram por aqui, desta vez decidi reunir todas as informações em um mesmo bloco pelo teor, ou melhor, pela forma que tudo está afincado ao aspecto narrativo do jogo, a começar pela história.

Você é a pessoa que chega em algum momento depois da primeira sessão, logo, conexões e histórias estão previamente afirmadas e cabe ao player se encaixar na dinâmica do grupo como melhor desejar graças ao sistema de escolhas, as quais podem lhe fazer mais próximo de um ou outro personagem. E claro, a história do RPG em si começa com grandes visões e uma missão que não saiu como esperado. Um clássico, eu diria.

Seguindo a ideia de um RPG de mesa, tudo se desenvolve através das escolhas feitas (às vezes com um tempo definido para as tomar) e sorte nos dados. Caso nunca tenha jogado algo do gênero, seja virtualmente ou presencialmente, digo que é uma representação fiel do que acontece, desde da improvisação de fichas de monstro até falhas cômicas.

Os outros personagens da mesa representam os arquétipos que encontraria, pelo menos um, em toda possível mesa: a pessoa super focada no roleplay, o que vive reclamando, outro que decorou todos os livros de regra existentes, o mago que quer resolver tudo com bola de fogo, o pacifista que quer resolver tudo na conversa que nem o Naruto… pode até parecer que estou falando de uma mesa passada minha, mas não.

Juntando tudo isto às músicas utilizadas e ao livrinho de anotações, de fato pode se sentir tendo uma experiência de mesa, mas sozinho, como um test drive para novatos, ou uma sessão de nostalgia a veteranos.

(Bom que pude ser um guerreiro humano, exatamente o que escolheria.)

Considerações finais

Reconhecendo a possibilidade de algumas pessoas terem uma ideia de “curto demais”, Basements’n’Basilisks: Storms of Sorcery mostrou com maestria a experiência de um oneshot (sessão única) junto de pessoas que já jogam D&D (ou B&B, neste caso) usando de humor típico  e esperadas situações inesperadas, sim, exatamente isto.

Graças ao sistema de escolhas, é possível encontrar mais de uma forma de resolver um problema, ou até mesmo chegar a um final diferente de uma jornada anterior.

O único empecilho talvez se mostre no fato de não ter suporte ao português (PT-BR), o que pode atrapalhar e muito a experiência de uma pessoa que não entende inglês por tudo girar em torno da narrativa. Para além disto, recomendaria para todos que tem curiosidade direcionada ao mundo dos TTRPG pela fidelidade apresentada, você sente que os desenvolvedores tem experiência de vida na área.

Esperando ansiosamente por outras aventuras do nosso quarteto, termino realizando um teste de furtividade para tentar sumir pelas sombras, さらばだ!


Esse texto é uma contribuição do player Arius Serph @ Behemoth.

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