Saudações de chegada! Diretamente dos tribunais, a trilogia de hoje passa por tribulações e desafios em busca da verdade e justiça! Phoenix Wright: Ace Attorney Trilogy é a porta de entrada da série para todos os fãs do gênero de investigação.
Na pele de um advogado de defesa, Phoenix Wright encara diversos casos que exigem do jogador percepção, conhecimentos gerais e uma pitada de intuição afim de trazer a verdade à luz.
Que comece a sessão, avante!
História e Gameplay
Pela natureza intrisicamente conjunta destes dois fatores no título, é cabível nós abordamos desta exata maneira. A começar pelo número de casos: 14. Sendo cinco no primeiro e último jogos e quatro no segundo.
Cada um destes começa com uma espécie de tutorial que explica as ferramentas disponíveis ao jogador assim como as etapas do julgamento, quando contestar testemunhos, quando cruzar evidências, etc. Importante notar que entre os jogos há implementação de novas mecânicas, como no segundo, Phoenix ser capaz de pressionar um pouco mais certos pontos a fim de obter mais informações.
O que pode aparentar como sendo tribulações desconexas na verdade levam a um caso que se conecta a outros dois, de forma que cada final conta um pedaço de uma história maior que percorre entre os três jogos. Caminhar gradativamente e aos poucos juntar as peças deste quebra-cabeças maior leva a revelações em que o jogador se sente ativamente responsável em as descobrir.
Perceber os detalhes nas falas e características das ocasiões para as contradizer é apenas o primeiro passo, pois entre os julgamentos também pode ocorrer momentos de investigação onde é possível recolher mais provas. O processo pode ser longo às vezes, mas poder salvar/continuar a qualquer momento é um diferencial que auxilia a não precisar repetir o que completou em caso de cansaço ou necessidade diversa (apesar de que no meu caso depois de iniciar um caso só parava ao terminar para não quebrar a linha de raciocínio).
Por fim, nem sempre o advogado de defesa será o Phoenix, mas mais detalhes e o porquê disso é algo que deixo a encargo dos futuros jogadores!
Música e aspectos gráficos
Cada imagem trazida na review é, na ordem, de um dos jogos da trilogia. O traço é simples e as expressões caricatas de animes antigos não afetam em nada a experiência focada na dedução e investigação, mas sim realçam de certa forma a natureza humana de Wright em tentar, sonhar, errar e prosseguir.
Já na música, um fenômeno semelhante ao que ocorre em Live-a-Live reaparece. Utilizar a mesma música em determinados momentos pode soar repetitivo ou um indicativo forte do que está prestes a ocorrer. Ao escutar Megalomania é possível sentir “é agora, este é o momento final!” em adrenalina, mesma situação se repetindo aqui. No momento crítico do julgamento, quando o culpado já está quase cercado contra a parede a composição é a mesma que toca em outros momentos semelhantes, passando aquele sentimento de “essas são as deduções finais, só mais um pouco para a verdade!”.
Considerações finais
A mentira está nos detalhes. Uma fala que contradiz outra, uma prova que invalida um testemunho ou uma pequena alteração na fala e expressão que faz tudo se encaixar, olhar para este grande quebra-cabeças e perceber como todo este fluxo se junta em uma só linha de racíocinio é muito satisfatório.
Particurlamente, gosto dos filmes que possuem mistérios e que disponibilizam os meios para os descobrirmos sozinhos antes do fim (como os filmes de detetive Edogawa Conan), pois alheio à minha vontade, a percepção aos pequenos detalhes ocorre e aos poucos as peças ficam definidas na mente, assim sendo, a presente trilogia é um banquete para todos que também se sentem desta forma.
Por outro lado, a disponibilidade do salvar/continuar a qualquer momento democratiza o acesso a todos aqueles curiosos em uma aventura investigativa independente de inclinação.
Assim sendo, que nos encontremos no próximo tribunal… não, espera, isso poderia não ser bom… que nos encontremos em outros momentos, mas até lá, さらばだ!
Esse texto é uma contribuição do player Arius Serph @ Behemoth.