Saudações de chegada! Após um longo caminho, o homem que apagou o seu nome enfim se despede da série com o seu (aparente) último título solo explorando as luxúrias e intrigas dentro de uma embarcação sem igual em alto-mar.
Tivemos a oportunidade de prestigiar a Brasil Game Show deste ano que ocorrera entre 11 e 15 de outubro no Expo Center Norte, e com SEGA marcando presença no evento, aproveitamos a oportunidade única de testar algumas de suas demos disponíveis.
Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name tem previsão de lançamento para 8 de novembro de 2023 e estava devidamente legendado em PT-BR na demo! A SEGA vem mandando bem nesses últimos títulos, hein?
OBS: Caso não tenha jogado o Yakuza 6: The Song of Life, talvez toda a premissa deste Gaiden contenha um spoiler essencial, que se refere ao destino de Kiryu, caso haja problema, recomendo deixar a leitura desta impressão e qualquer notícia do jogo para depois.
História
Após o fim do 6 título da série principal, Kazuma Kiryu teve de falsificar a própria morte a fim de salvar sua família em troca de manter segredo sobre um dos tópicos da trama. Até que uma figura poderosa quer o forçar a se revelar mais uma vez.
Com o codinome de Joryu (“ki” é bem semelhante a um dos fonemas do número 9 em japonês, enquanto “jo” é uma das leituras do número 10, então sim, eles “meteram essa”), cabe ao jogador embarcar no Castle, um gigantesco cruzeiro em alto-mar contendo desde coliseu a uma casa de jogos para começar a desemaranhar os fios que querem impelir o seu retorno.
Sério, o lance do 9 e 10 em Kiryu e Joryu foi bem legal. Devidamente aprovado em selo de pavê.
Gameplay
A demo nos disponibilizava a cutscene inicial de apresentação e logo em seguida o primeiro contato com o combate, aspecto icônico na série.
Unindo modo “Agente” com “Yakuza” era possível alternar entre golpes rápidos auxiliados por gadgets ou fisicamente mais fortes advindos de seis jogos de histórico de pancadaria. Além disso, utilizar objetos ao redor para adicionar um novo grau de ritmo ao combate ainda é possível. Com todos estes elementos fuindo, até mesmo a Kisaragi que também testara antes de mim se divertiu batendo em todo mundo.
Outro ponto clássico era o acesso a alguns minijogos. Se você chegou a tentar fazer todas as conquistas de outros títulos (não recomendado, experiência própria) sabe que Yakuza possui uma vastidão deles. A repaginada em certos modos de jogar e apresentar como os dardos foram condizentes com a proposta do Castle, um lugar que beira à fantasia em meio a realidade.
Por fim, para os amantes de luta era possível focar sua estadia apenas no Coliseu, onde uma série de lutas com oponentes de estilos diferentes nos esperavam.
Música e aspectos gráficos
A música não chega a se destacar de forma positiva ou negativa, por isso partindo do pressuposto de que se não atrapalha é por estar bem integrado.
Por outro lado, o visual sim deslumbra pelas cores e movimento de câmera, a qual poderia ter um controle de motion blur inclusive. Mesmo dentro de um ambiente fechado, ao atravessar uma porta é quase como ter sido transportado para outro mapa distinto, tamanha é a diferença na caracterização.
Considerações finais
Joryu pode ter abandonado seu nome, mas seu passado parece não ligar para isso. Para jogadores de primeira viagem pode parecer apenas um jogo de trocar golpes, mas os Yakuza em geral sempre trouxeram uma história intrigante com pontos emocionais, acredito que este não será diferente se se propõe a colocar um ponto final na história de Kiryu.
Assim sendo, por ser mais um título da Sega legendado em pt-br, reforça a intenção da empresa em disponibilizar esse fim de jornada aos brasileiros.
Ansioso para os próximos memes de karaokê a bordo do Castle e afins, mas até lá, さらばだ!
Esse texto é uma contribuição do player Arius Serph @ Behemoth.