Pocket Bravery | Review

Saudações de chegada! Pixels, referências, muita pancadaria e bravura que não cabe em um bolso são os nossos companheiros de ringue nesta review. Isso mesmo, estamos falando de Pocket Bravery!

Um dos indicados na categoria de melhores jogos de luta da décima edição do The Game Awards, evento que reune e celebra grandes nomes e histórias do mundo dos jogos, o Statera Studio são os brasileiros responsáveis pelo título de hoje, logo, sim, legendas e dublagens estão devidamente em pt-br, facilitando o entendimento e acessibilidade enquanto punhos (ou pés) se cruzam em combate.

E claro, não podemos deixar de agradecer à Statera Studio pelo envio da key, muito obrigado!

(Ah sim, Dante do Devil May... quer dizer, skin bacana!)

Acessibilidade

Algo antes mesmo de começar a jogar chamou a atenção de maneira extremamente positiva e acredito que seja pertinente a pontuar desde já: configurações de acessibilidade.

Sendo um gênero que depende muito da análise rápida do visual para uma contraresposta, este fator acaba por se tornar um obstáculo para o pareamento. Assim, alternativas que utilizam o aúdio ou reduzem a quantidade de informações na tela utilizando um esquema de cores com constraste mais nítido, diferenciando personagem controlável, adversário e o cenário, são não apenas bem-vindas, como inclusivas.

Surpresa diversa também fora o leque de adaptabilidade de cores de maneira a deixar a experiência como planejado para um número maior de pessoas, em  grau e tipo.

(Não sabia que havia tantos tipos diferentes de daltonismo. Muito bom saber)

História

Para aqueles que desejam entender um pouco melhor a trajetória, motivos e conexões por trás dos personagens, ou buscam aprender os comandos organicamente, o modo história é uma boa pedida.

Funcionando também como uma espécie de tutorial, apresentando situações e os comandos necessários para os superar, o modo percorre uma linha do tempo que aos poucos pode ir se bifurcando à medida que encontra outros personagens. Estes, possuindo sua própria motivação, apresentam pontos de vista diferentes (ou melhor dizendo, complementares) do conflito como um todo.

O gradativo aumento de dificuldade dos encontros incentiva naturalmente a melhoria do jogador, pois a estratégia para enfrentar alguém especializado em agarrões difere da encontrada contra uma pessoa de combos curtos e rápidos, por exemplo.

(A minha fonte de força é estar vivo para o remake de Bloodborne..... talvez eu viva eternamente.)

Gameplay

Com os modos Arcade, Versus, Online, Tutorial, Treino, Combo Factory, além da galeria e alguns modos extras que podem ser adquiridos posteriormente através da Loja, há muito o que se fazer.

Ressaltando a diferença existente entre o modo tutorial, treino e combo factory, o primeiro dividido entre básico/medidores/termos técnicos reúne em um só lugar os conceitos de forma a montar na prática o conhecimento necessário para sair na mão eficientemente com os outros.

Já no segundo pode colocar em prática tal conhecimento configurando até mesmo o padrão do adversário através de um mecanismo de gravação: insere os inputs ou movimentação desejada e a CPU se encarregará de a repetir até o momento que desejar.

O terceiro apresenta os combos dos personagens para facilitar sua execução e memória, assim como possibilita criação de novos combos, como o nome sugere. Tal divisão e explicação pareceu devida para evidenciar que não importando o grau de habilidade do jogador, novato ou veterano, há uma opção disponível para a necessidade.

Por fim, além das opções de controle padrão ou acessível, modos como história (ou que tem embate,  no geral) oferecem pontos para liberar outros modos, os quais a descoberta fica a cargo dos leitores curiosos.

(Talvez o jogo tenha chamado minha atenção ao ter pulado direto pros termos técnicos.)

Aspectos visuais e sonoros

Tendo sua estética sido inspirada em jogos como Pocket Fighter e outros jogos de luta Neo Geo Pocket Color, além de ser visualmente nostálgico, dita apresentação auxilia a concentrar na ação de alta cadência e dinamismo dos encontros.

Já em relação ao áudio, com os golpes anunciados em voz, por uma expressão específica daquele, e músicas próprias de cada personagem além das situações da história, não falta em nada de outros grandes títulos do gênero.

(Cheguei a falar que tem muita referência?)

Considerações finais

Após analisar tanto aspectos de fundo, como história, e técnicos de como funciona o sistema de combate, fica mais fácil de entender de onde viera a indicação ao prêmio ao lado de títulos consolidados como Street Fighter 6.

Cada modo, detalhe ou personagem, foram adicionados de jogadores do gênero para outros jogadores do gênero, sem deixar ninguém de fora, seja iniciante ou não.

Indepentente do que venha a acontecer em relação à premiação, para todos os fãs de jogos de luta é uma ótima recomendação produzida aqui mesmo em terras brasileiras. Desde já desejando boa sorte neste próximo round, mas até lá, さらばだ!


Esse texto é uma contribuição do player Arius Serph @ Behemoth.

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