Arcadian Atlas | Primeiras impressões

Saudações de chegada! Com o advento do Next Fest durante os dias 6 e 13 de fevereiro, evento na Steam que visa disponibilizar demo’s de jogos que estão por vir, uma oportunidade de testar alguns títulos táticos e trazer análises surgiu, uma que não vamos deixar de aproveitar para trazer em primeira mão estas impressões iniciais.

Como segundo na lista, temos o Arcadian Atlas, sem data definida de lançamento exceto por verão de 2023, que traz uma atmosfera muito parecida com Final Fantasy Tactics no quesito da história com fantasia, traição e disputa por poder nas terras divididas por dois grandes reinos enquanto um guaxinim mágico com uma besta cuida da sua retaguarda, não, espera, esta última parte não tinha no FFT.

Com uma equipe de apenas quatro desenvolvedores, o Atlas tem potencial de ser um jogo divertido pros fãs da Guerra dos Leões.

(Ele não é o Groot.)

História

Como dito anteriormente, após ter passado tanto tempo na Ivalice do Tactics, um certo frescor no ar é familiar quando pude ler a história de cada personagem. Acompanhamos dois personagens principais, um casal, que servem à rainha de Dantalion, cujo rei se encontra acamado à beira da morte. Entre os herdeiros, duas princesas: uma busca o trono por supor que a rainha não o merece, outra é exilada. Juntando isto ao fato de que escolhas estão presentes no jogo, o que isto nos trará no jogo completo é algo que estou ansioso para conferir.

Além disso, é nos disponibilizado um Compendium com todas as informações de personagens e lugares, como o Warren Report de Tactics Ogre Reborn. É notável o esforço dado ao worldbuilding pelo tanto de texto já disponível.

(Romeu e Julieta em terras desoladas pela guerra, o que poderia dar errado?)

Gameplay

Inserido no contexto medieval de fantasia, Arcadian Atlas utiliza dos turnos em um tabuleiro como se vê em outros títulos de estratégia com a trilha sonora condizente ao período. Fofoca nas tavernas para descobrir novas quests ou aceitar trabalhos, shop em que você pode equipar cada unidade comprando diretamente o item no menu e recrutamento de novas unidades, todos estes três pontos remetendo ao que é apresentado em Final Fantasy Tactics. Por mais que a demo seja curta, certos pontos puderam ser notados.

(Você pode ter um guaxinim mágico com uma besta ou mágico mágico)

Jobs

Com doze classes munidas de suas próprias árvores de habilidades, o jogo se mostra receptivo a novatos que querem conhecer mais deste ramo em específico dos RPGs sem muita dor de cabeça.

Combate

(Tem até os três turnos para trazer de volta a unidade.)

Típico dos SRPG/TRPG, o tabuleiro se mostra em todas as batalhas com seus obstáculos em altura ou objetos no caminho. Não parece ser possível o fogo amigo, quando um aliado se encontra no caminho de uma magia/flecha/tiro (Aislinn ficaria feliz com isto), pois durante as lutas, mesmo cercado, não cheguei a acertar nenhum companheiro.

A dificuldade não é elevada, pelo contrário, bem acessível, o que pode não oferecer desafios aos veteranos do gênero durante os encontros e ao mesmo tempo cativar novos jogadores. Deve-se notar que um viés pode estar presente de minha parte pois jogo muito do âmbito tático.

Aspectos gráficos e de performance

O visual do jogo não se destaca de maneira sobressalente, mas também se pode notar o trabalho na criação dos mapas de batalha de maneira que pudesse contar parte da história. As animações únicas para cada magia e golpes físicos estão presentes assim como status positivos e negativos.  Longe de ser ruim, sinto um certo carinho ao gênero nestes detalhes.

Sobre performance, um jogo leve que não vai requerer muita potência de seu computador. Tive certos problemas em telas de loading que pareciam travar aqui e ali mas voltavam ao normal depois de certo tempo (parecia mais um caso de não reconhecer o input de confirmação do loading ter completado), assim como um delay para reconhecer a troca entre uma opção e outra nos menus. Como demo, é algo que se espera estar melhor no jogo completo.

(Olha só o NPC vendedor com chapéuzinho.)

Música

Por mais curta que seja a demo, houve uma grande variedade de composições musicais para as cenas e lutas em questão, uma surpresa agradável de fato.

Considerações finais

(Tem até o Gaffgarion.)

Com poucas lutas e muita história já disponível em sua demo, Arcadian Atlas promete ser um título saudoso aos grandes clássicos de estratégia de outrora. O agradecimento, ao fim, da pequena equipe desenvolvedora sooa como pessoas que amam e buscam trazer à sua maneira as tragédias do poder a qual estou familiarizado. Cuidado nos mapas e combates acessíveis com música de época podem ser os fatores decisivos de recomendação para além da história.

Pode esse Atlas nos mostrar o caminho a mais construções políticas marcantes? É o que veremos, até lá, さらばだ!

Author: Aro
Idealista que se empolga com música, comida, pescaria, trocadilho, boas histórias, filosofia, animais, café, pessoas animadas e... na verdade, eu me empolgo fácil mesmo.

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