Fallout: Tactics | Review

Saudações de chegada! Diretamente do túnel do tempo, uma peça histórica dos jogos táticos ocidentais figura no campo de batalha de hoje, está na vez de Fallout Tactics (Fallout Tactics: Brotherhood of Steel)!

Lançado em 2001 somente para Windows, o título spin-off apresenta uma dinâmica diferente de seus antecessores da época sendo o único situado no universo de Fallout a oferecer uma gameplay puramente tática.

Sem mais delongas, avante!

(Por não saber do ano em que o jogo fora lançado, o susto ao ver a tela pequena foi real.)

História

A história de Fallout ocorre em um mundo devastado por guerras e o resultado do uso de armas nucleares. Frase clássica na franquia, “War, war never changes” encapsula e inicia toda jornada, não diferente aqui.

Para escapar do iminente estrago causado pela queda das bombas nucleares, uma série de Vaults são construídos no subsolo por todo os Estados Unidos, cada um reunindo figuras políticas, científicas e com recursos financeiros para resistir aos ataques e garantir a sobrevivência de parcela do povo.

Um destes Vaults tinha acesso à tecnologia de combate superior e sobrevivendo ao impacto, seus integrantes a utilizam e partem em uma jornada de conquista por entre as terras desoladas. Até que uma cisão entre duas facções internas força a se separarem.

Sendo um Iniciado da facção que era a favor de dividir os segredos tecnológicos e recrutar pessoas de fora, o jogador começa sua jornada para entender mais da Brotherhood of Steel e de seus objetivos.

(Pode parecer muita coisa... mas é mesmo)

Gameplay

A progressão se dá através de uma série de missões, cada qual um embate, e centrais de informações como cidades ou acampamentos e a maior parte do tempo da primeira jogada será dedicada a entender os diversos mecanismos presentes nas lutas e em cada personagem.

(Cada elemento e porcentagem importa no grande esquema do seu esquadrão e aí que mora a complexidade.)

Apesar de começar com um humano, o jogador pode recrutar outros tipos de unidades durante a campanha, que por sua vez diversificam a abordagem em situações posteriores:

  • Humanos: Balanceados.
  • Super Mutantes: Modificados através de um vírus, possuem grande porte, pouca inteligência e agilidade. Não podem usar armas pequenas.
  • Ghouls: Humanos que sobreviveram à radiação das Wastelands. Tem maior proteção contra status negativos e efeitos de radiação, mas são fisicamente mais fracos que humanos
  • Deathclaws (!!!): O terror de qualquer jogador de Fallout pode ser recrutado no título. Dotados de força e agilidades descomunais, não podem usar a maioria dos equipamentos e possuem inteligência e carisma reduzidos. (sinceramente, sendo um Deathclaw quem precisa de carisma)
  • Cachorros (!): Melhores amigos do homem e que graças à resiliência contida nos viralatas caramelo sobreviveram às árduas novas condições. Não podem usar equipamentos, mas são agéis e perceptivos.
  • Robôs humanóides: Máquinas criadas especificamente para o combate. Resistentes, mas nunca ganham perks ao passar de nível como as outras “classes”.

O combate pode ocorrer por meio de turnos ou em tempo real (Real Time Strategy) e vários fatores como área de vigília, formas de se locomover, ações de lockpick, furtividade, etc estão presentes. Como um título tático, tem muito a oferecer em termos técnicos.

(Imagem de outro Fallout, mas -isto- é um Deathclaw.)

Aspectos visuais e sonoros

O jogo traz os gráficos esperados de um jogo de sua época, um pouco mais definidos que seus antecessores, oferecendo melhor percepção à forma de monstros que viriam se consolidar como clássicos em seu futuro. Além disso, possui vídeos bem trabalhados em 3D que aparecem em determinados pontos da história de forma a ilustrar a situação.

A música é presente, mas o a observação se dirige ao fato de que as interações, apesar de escassas, são todas dubladas, até mesmo no tutorial. Cada voz sendo decisiva para transmitir a personalidade dos personagens que passam pelo seu caminho.

(Gerenciamento de recursos!)

Considerações finais

Longe de ser datado e interessante à amantes do gênero tático ou do universo, Fallout Tactics demonstra que a batalha pode mudar um pouco sim, pelo menos o seu gênero. Com o seu leque de tipos de unidade disponíveis e o sistema de escolhas morais presente, cada jogada há de se diferenciar de outra.

Tendo um objetivo final, mas mais de um desdobramento possível, em meio à todas suas nuances mecânicas e gerenciamento de esquadrão, é uma recomendação aos jogadores com nervos de aço (afinal, Brotherhood of Steel), mas até o próximo chamado ao campo, さらばだ!

Author: Aro
Idealista que se empolga com música, comida, pescaria, trocadilho, boas histórias, filosofia, animais, café, pessoas animadas e... na verdade, eu me empolgo fácil mesmo.

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