STAR OCEAN: The Second Story R | Review

Saudações de chegada! Dos confins do Universo ao planeta de Expel detentor de paisagens de tirar o fôlego com pitadas de nostalgia e boas doses musicais, o título de hoje é um RPG de renome e que ganhou um remake de respeito.

STAR OCEAN: The Second Story R une elementos estratégicos em meio a ação de seu combate e dezenas de opções de crescimento relacionados às habilidades quando fora deste. Baseado no, originalmente, título de 1998, chega aos consoles e PC em 02 de novembro.

Cabe lembrar que há uma demo disponível que carrega seu save ao jogo final, então convido-os a botar em prova alguns pontos da review de hoje!

E é claro, não podemos começar sem antes agradecer à Square Enix Latam por nos ter mandado a key para review, muito obrigado pela oportunidade.

História

Em primeiro momento podemos frisar que é possível escolher entre dois personagens principais: Claude e Rena. Fundamentalmente a história se mantém, em outras palavras, o contexto de fundo, podendo perceber as diferenças no desenrolar das interações entre os personagens.

Ruínas antigas de civilizações há muito esquecidas e tecnologias futurísticas, o título retrata uma jornada por um planeta místico e uma profecia antiga após um oficial da Federação se ver em território incomum. O encontro com uma garota enquanto tenta achar o caminho de volta para casa mudará para sempre o destino do universo.

Mantendo-se fiel à trama do citado previamente Star Ocean The Second Story de 1998, o presente remake é uma ótima forma de não apenas conhecer um clássico do mundo dos JRPGs como agradar aos fãs de longa data ao apresentar as voltas e reviravoltas de outrora em tempos modernos. Além disso, anteriormente possuía 88 finais diferentes, se este número se manteve ou aumentou no remake, deixo à descoberta do jogador.

(Dá para pescar um peixão. Não tem jeito, é GOTY.)

Gameplay

O grande diferencial desta obra-prima de remake se encontra justamente nos aspectos de gameplay.

Portando uma equipe de até 8 pessoas, a escolha do personagem principal afeta de certa maneira quais das outras unidades estarão disponíveis para recrutamento, os quais afetarão diretamente o ponto a seguir de nossa review.

De forma semelhante à títulos como Legend of Mana, o combate ocorre em tempo real após o alerta de encontro. O jogador controla a unidade que selecionou como líder e as três restantes ficam a encargo da IA, mesmo assim, é possível dar ordens gerais como focar ataques em um inimigo ou manualmente mudar o parâmetro das escolhas como concentrar em habilidades de cura ou proteger aliados. Estes dois tipos de instrução ao mesmo tempo que permitem a jogadores que querem conhecer a história não passem por muito sufoco também possibilitam uma sintonia fina aos veteranos e todos aqueles que gostam de um desafio mais alto em dificuldades superiores.

Com adições da mecânica de Break e Assault Action (um golpe especial de assistência durante as lutas), não há encontros aleatórios enquanto se anda pelo mapa. É possível ver e engajar (ou não) com os monstros por escolha, o que, mais uma vez, facilita a vida de quem prefere uma jornada mais relaxante.

Para além do tópico, outro fator crucial é a extensa lista de habilidades, talentos e especializações os quais temos acesso. Por exemplo, uma unidade com Keen Eye e Knife pode ganhar um ponto em Cooking que por sua vez podem levar à especialização de Master Chef caso outros personagens também tenham determinado nível de culinária. Sendo este apenas um mero exemplo, existem muitos outros talentos e especializações que acabam sendo bem presentes na gameplay, pois incluem customização de armas, controle da quantidade de encontros no mapa ou até mesmo músicas que auxiliam em muitos outros aspectos como a quantidade de peixes fisgados ou recuperar hp/mp ao andar.

Apesar da válida ressalva de que um fluxo de informações tão grande quanto este seria de complicada digestão, o jogo disponibiliza diversas e paulatinas side quests em guildas que acabam por servir de tutorial.

(Não dá para dar pet no doguinho. Não é mais GOTY.)

Música e aspectos visuais

O visual 2.5D unindo personagens em pixel com ambientes em 3D talvez seja a representação mais palpável do encontro entre o passado e o presente/futuro. Com uma variedade de ambientes há muito que se descobrir e o fato de você conseguir girar a câmera no mapa aberto surpreendera no primeiro momento.

As animações das habilidades também ganharam uma repaginada e muitas das finais se assemelham às invocações de summons da série de Final Fantasy em matéria de extravagância.

Sobre a música, um veterano da indústria e responsável pela trilha sonora de todos os outros Star Ocean está de volta: Motoi Sakuraba. Carregando no histórico também as trilhas de todos os Dark Souls e Tales Of, não há como não reconhecer a identidade da série presente nas notas. O visual do mapa aberto aliado à música, complementando o que fora dito anteriormente, foi o que causou o verdadeiro choque da nostalgia moderna.

É certo dizer que em dados momentos dá para se sentir de fato sob a ameaça de um dragão cuja a boca é tão grande quanto a metade de seu corpo. E em adição, é possível escolher entre a dublagem (japonesa) do jogo remasterizado ou do próprio remake assim como as versões clássicas das músicas ou os arranjos específicos do título.

(Nesse momento só parei para tirar uma foto mesmo.)

Considerações finais

STAR OCEAN: The Second Story R é a personificação do sentimento paradoxal do tradicionalmente moderno ao combinar todo o arcabouço presente no jogo original e remaster lançados com novas mecânicas e melhorias atuais.

Fatores como balanceamento dos casters no combate (antigamente não compensava os ter em party), fast travel para qualquer ponto do mapa, interações entre os personagens, possibilidade de regular os embates no mundo aberto (ou simplesmente os ignorar), praticamente todos os dialógos  com voz, o visual e a música nos fazem perceber o polimento e atenção dados ao título tanto de uma perspectiva de quem já jogou como para recepcionar aqueles de primeira viagem.

Explorar o sistema de habilidades, talentos e especializações enquanto descobre os diversos finais garante uma experiência de rejogabilidade após finalizar, além de outros conteúdos.

Sendo um dos melhores remakes que tive a oportunidade de conhecer, espero que mais pessoas possam dar uma chance à esta gema do passado, mas até o lançamento, さらばだ!

Author: Aro
Idealista que se empolga com música, comida, pescaria, trocadilho, boas histórias, filosofia, animais, café, pessoas animadas e... na verdade, eu me empolgo fácil mesmo.

2 thoughts on “STAR OCEAN: The Second Story R | Review

  1. Eu joguei o clássico de 98 mas na época eu jogava em locadora e nunca consegui terminar, esse remake vai ser minha forma de rejogar e finalmente terminar o jogo.
    Achei esse remake quase perfeito, só faltou aquela velha solicitação das legendas em pt-br.
    Ótima review e see ya!

    1. Sim, se tivesse legenda em PT-BR seria mais que perfeito porque tem MUITO detalhe que ficaria mais fácil de entender em língua local. Pro que a gente tem hoje em dia ninguém imaginaria que aumentar nível de culinária melhora seu desempenho em combate (+atk).

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *