Mythical Agent (Demo) | Primeiras Impressões

Saudações de chegada! Um soldado é encarregado de uma missão super secreta em meio a uma guerra entre EUA e China pelos últimos recursos da Terra e se vê de frente com o seu arqui-inimigo. O que ele não esperava enfrentar, entretanto, era o fim do mundo que ocorreria logo após.

Em Mythical Agent, controlamos a Unidade 7 liderada por Urassik, um soldado de elite em vida que agora luta pelo balanço ou destruição do mundo dos mortos.

Esta demonstração está disponível graças ao Next Fest, evento da Steam com várias demos entre os dias 19 e 26 de junho.

(Não se deixe enganar pelo visual, há potencial a ser descoberto aqui)

História, gameplay, aspectos visuais e sonoros

Visto que a demo nos permite ir até a segunda luta por assim dizer, opto mais uma vez por reunir todas as informações em um bloco só.

A história começa situando o jogador no meio de uma guerra no plano físico, até que, após um certo acontecimento, o agente Urassik se vê em um lugar no pós vida, sendo incumbido da missão de manter o balanço do mundo dos mortos pelo grande fluxo repentino de almas inundando o Sanzu no Kawa.

Algo interessante a se notar ainda sobre a história é que uma gama de conceitos sobre a natureza do ser e o além-ser de origem chinesa e japonesa está bem presente. A forma que a história não só se baseia nesses conceitos, mas os explica é refrescante do ponto de vista ocidental.

Partindo pra gameplay, a movimentação em grid está presente como chave no setor estratégico. Da movimentação ao ataque, cada personagem possui sua especificidade e raio de alcance para suas habilidades. As lutas em si podem ter mais de um desfecho ou formas de resolver diferentes.

A navegação entre menus e o combate pode não ser muito intuitiva no começo (e reforço aqui o cuidado a se ter do botão Esc ser sinônimo a Voltar/Cancelar em outros jogos, na demo ele simplesmente fecha o jogo), mas após um tempo vai melhorando. Não faltam explicações sobre como é o funcionamento em geral, pois há sempre um texto que precede um evento para o explicar.

Para além do combate, existem eventos de interação entre os personagens que podem levar a novos eventos ou embates no futuro, tendo o jogo reforçando a ideia de várias rotas disponíveis através das escolhas do jogador.

Os efeitos visuais podem ser simples, mas isso não só aumenta o potencial de ser uma jornada guiada pelas escolhas do jogador, como deixa o mistério no ar daquilo que não se vê de maneira clara.

Por fim, cada mapa trazia uma música meio futurista, meio distópica, algo que aplicou bem o conceito das músicas synthwave no contexto da narrativa. Foi uma boa surpresa perceber que nada repetia.

(Nessa hora eu já estava "onde eu vim parar, só tenho 7 anos.")

Considerações finais

Ao olharmos para a capa do jogo na Steam, cria-se certa imagem mental que é quebrada ao ver as figuras do combate e estilhaçada ao, jogar de fato e, ser recebido por essa onda de conceitos orientais de cunho espiritual.

As diversas formas de se resolver um embate, as consequências de cada ação e as composições synthwave remetem a títulos como Undertale, deixando claro que a premissa de liberdade é bem maior no Mythical Agent.

Simples em aparência e profundo em contextualização parece ser uma boa fórmula para uma boa experiência, logo, curioso para saber que rumos nosso Agente irá tomar no jogo completo, mas até lá, さらばだ!

Author: Aro
Idealista que se empolga com música, comida, pescaria, trocadilho, boas histórias, filosofia, animais, café, pessoas animadas e... na verdade, eu me empolgo fácil mesmo.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *