FFXIV | Nael van Darnus Lyrics – Rise of the White Raven

Hey moogles! Mais um pouco de música e lore para vocês.
A análise de hoje foi feita por mim e pelo Ariel, onde eu fiquei responsável por explicar mais a parte de “feeling” que rola na troca de fases durante a batalha, e ele ficou com a parte da lore, que precisou ser puxada desde lá do 1.x.
Algumas batalhas como a do Second Coil of Bahamut – Turn 4 foram incrivelmente épicas em seu tempo de glória, que foi o A Realm Reborn, e infelizmente (ou felizmente) é difícil que alguém tenha interesse em se submeter a revisitar esses lugares com as limitações da época apenas para sentir como que era (indo minimum item level por exemplo). Por isso, a ideia aqui é te contar sobre a lore e tentar o mais fielmente passar o feeling que a música dava durante a batalha.

A música

Rise of the White Raven

Corvus fortis ascendit
Superne videt praeteritum
Praesentem et futurum videt

Res evertuntur repente
Ad unum omnes sunt mortui dei
Machinae regnabunt in caelo
Ratio regnabit in terra

Corvum candidum exhilaramus
Ecce extendit trans mundi alas
Vocat lucem rubram excidii
Fulget luce rubrae victoriae

Imperium!
Imperium!
Ave Imperium!

Videte!
Testate adventu fati
Videte!
Testate adventu Dalamud!

Ascensão do Corvo Branco

Ó corvo destemível ascende
Das alturas, ele demarca o passado;
Marca o presente; marca o futuro

Uma revolução iminente
Todos os deus estão mortos
Máquinas dominarão os céus
A razão reinará a terra

Exaltemos o Corvo Branco
Contemple! Suas asas envolvem o mundo
Ele convoca a luz vermelha da destruição
Ele brilha com a luz vermelha da vitória

O Império!
O Império!
Saúde o Império!

Observe!
Testemunhe à chegada do destino!
Observe!
Testemunhe à chegada de Dalamud!

Assim como na música da Ultima Weapon, a letra aqui presente é a mostrada no livro que acompanha o CD das músicas do ARR, mais especificamente o livro que estava sendo vendido no The FINAL FANTASY XIV Orchestra Concert -Eorzean Symphony 2017 que rolou no Japão.

Entendendo a Letra

Para explicar algumas partes desta música é preciso conhecer Nael, responsável direta pela liberação de Dalamud.
Descendente direta dos Allagans, Eula Darnus era a filha mais velha da casa Darnus, e, portanto, a herdeira direta dos conhecimentos – e segredos – Allagan carregados pela família. Ela sonhava ser cirurgiã, uma posição comum para alguém de sua alçada. Seus sonhos foram destruídos quando seu irmão, Nael, voltou mortalmente de uma missão mal concebida por seu pai. Em sua mágoa e incapacidade de salvar seu irmão, Eula envenenou seu pai, fazendo sua morte parecer uma doença. Em seguida, tomou o nome e imagem de seu irmão para si, transformando-se em Nael dali em diante. Sua transformação foi tão profunda que a própria Eula acreditaria ser Nael, não voltando a utilizar seu nome de nascença novamente. Tornou-se embaixador no lugar de seu falecido irmão e lentamente acendeu as posições de poder. A maioria dos governantes teria sido cauteloso e condenariam a atitude, Solus zos Galvus acreditou no potencial e na força de vontade de alguém que jamais deixaria algo entrar em seu caminho para cumprir seu objetivo.
Nael, já conhecida como White Raven (O Corvo Branco), seria a precursora do Project Meteor, um projeto para recuperar um antigo artefato Allagan com a capacidade para recriar o feitiço “Meteor”. O artefato foi estudado na cidadela de Bozja, onde Dalamud foi invocado pela primeira vez, limpando a cidade do mapa e, assim, cancelando por tempo indeterminado os estudos do Project Meteor.
10 anos depois Nael acreditava que a única forma de liberar o mundo dos Primals era limpar a face do planeta com Meteor, e a derrota dos próprios primals era a chave para controlar Dalamud.. Utilizando as habilidades do Guerreiro da Luz sem que ele percebesse, revelou após a derrota de Garuda que obteve o necessário para a invocação e, na fortaleza de Castrum Novum, ativou o transmissor lunar necessário. Com a resistência e luta das 3 Grand Companies e do Warrior of Light, o artefato foi destruído, mas era tarde demais. Nael foi banhada na luz escarlate de Dalamud e obteve seu poder, derrotando todos os combatentes e fugindo. Após ser encontrada em Rivenroad, Nael foi derrotada e utilizou o poder de Dalamud novamente, mas foi vencida mais uma vez. A derrota, porém, não impediu a descensão de Dalamud e a calamidade que viria em seguida com o aparecimento de Bahamut.

Agora falar vamos um pouco da interpretação da música em sua parte instrumental pelos olhos de quem raidava na época, sendo que toda essa parte inicial, até o começo da parte cantada, dão a sensação de serem a representação dos sentimentos do Warrior of Light (seu personagem) com o combate.
O início da música vem carregada pelo som da guitarra e em notas longas, dando até um certo encorajamento diante do inimigo, contribuindo para o aumento da adrenalina, mas isso é apenas até a queda do primeiro dos meteoros (1:30), onde a batalha começa a ter mecânicas mais decisivas.
A música muda para o que parece um coro ou um uivo assustador, onde é possível ouvir bem baixinho o eco de alguém, talvez Hydaelyn, dizer “feel” (1:39). Os coros ou uivos se estendem ao longo da música acompanhados de muitos outros sussurros indecifráveis, preparando o jogador com um frio na barriga para o pior que está por vir, a fase dos meteoros.
Meteoros começam a cair nos players, enquanto a Nael ainda está na arena, nesse momento a música volta a ser carregada por guitarras (2:17), porém acompanhada por baterias, dando um leve desespero pelo excesso de mecânicas acontecendo simultaneamente.
E então a Nael pula, para deixar três players com as marcações de meteoros que trarão golens(3:11), agora a música com guitarras e baterias recebe o corro assustador de fundo ao mesmo tempo, dando uma mistura de confiança e frio na barriga.
Em meio a luta contra os Golens, a música deixa seu coro a assume uma forma diferente (3:33), dessa vez sem inspirar medo ou coragem, mas sim a sensação de combate, lembrando até mesmo os arranjos de batalhas de outros Final Fantasys mais clássicos.
Essa parte épica se estende até a explosão do Megaflare, que faz com que toda arena de modifique brutalmente, juntamente com a música que entra na sua fase cantada.

A letra começa referenciando a liberação de Dalamud: O corvo demarca o passado (demonstrando quando assumiu seu posto tomando a identidade de seu irmão morto e envenenando seu pai, causando notável rebuliço em toda Garlemaud), o presente (com a calamidade que causou através da descensão de Dalamud) e futuro (com o impacto da calamidade, o mundo foi alterado e marcado pela destruição).
Neste ponto, todos os deuses estão mortos, pois todos são fracos perante a destruição que se seguiria, tornaram-se impotentes. Também é uma lembrança à morte dos primals para a invocação de Dalamud. Finalmente, o pensamento de que Garlemald vencera e seria a nação vencedora, o império remanescente, reinando terra e céus com suas máquinas. A luz vermelha indicada na música é uma referência à luz escarlate que banhou Nael, demarcando o momento que mergulhara na insanidade com tanto poder recebido. Essas são as referências seguintes da música, um testemunho da vitória do corvo branco e da queda de Dalamud.

Curiosidades

Por boa parte da história, o sexo da Nael foi um mistério no Japão, enquanto na versão americana foi tratada com pronomes masculinos. A ausência de dublagem no 1.x apenas dificultou ainda mais neste problema. Isso causou uma enorme confusão, pois depois Nael foi revelada como mulher, mas todos chamavam-na de “ele”. Isso seria resolvido com uma “plot reason” de que ninguém sabia o sexo real por trás da armadura, mas também um plot hole de que apesar de ouvirem a voz de Nael não saberem que ela é mulher.
Solus zos Galvus, Emet-Selch, sabia sobre o que aconteceria com a descensão de Dalamud, e a calamidade inevitável.
Omega estava enterrada embaixo de onde Dalamud foi invocado (no 1.0). Nael fez de propósito para tentar destruir no processo a única coisa forte o suficiente para destruir Dalamud.

Gaius van Baelsar Lyrics - Bite of the Black Wolf

A música

Curiosidades

O curioso é que o Gaius é o exato contrário da Nael.
Em cenas demonstradas na versão original de Final Fantasy XIV (1.0), Nael queria o poder para destruir, não importa o que precisasse fazer no processo, enquanto Gaius queria o poder para reformar, mostrando que queria mesmo reconstruir a sociedade. Por conta disso, recusou Nael e o poder de Dalamud quando foi ofertado, por ser perigoso e instável demais.
A música foi reutilizada em versão orquestrada apenas, sem os cânticos originais, talvez apenas por representar o novo final boss do 2.0. A antítese entre os dois também pode ser vista pelo título das músicas: O Lobo Negro e o Corvo Branco.

Author: Yu Kisaragi
Main Warrior, cosplayer, designer e programadora front-end. Apaixonada por FINAL FANTASYs e histórias de terror. Rainha dessa caverna de moogles, ou seja, a faz tudo.

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